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Amiga: os Erros no Desenvolvimento e na Estratégia de Marketing


Desde que a Commodore se apoderou da original empresa Amiga Inc., os erros estratégicos no marketing e no desenvolvimento sucederam-se em catadupa.
Amiga Lorraine

O Amiga Lorraine - o primeiro Amiga, demonstrado em 1984 - foi inicialmente pensado como sendo um computador exclusivamente para jogos, mas o seu desenvolvimento transformou-o num completo computador doméstico baseado no processador 68000 da Motorola que o afastava do conceito de consola para jogos.

Modulador de TV A520
Foi então que a Commodore entrou no jogo e cometeu os seus primeiros erros. Focalizou o marketing do Amiga para o negócio e para as empresas, apesar das suas conhecidas capacidades multimédia. O Amiga obrigava os seus utilizadores a adquirir obrigatoriamente um monitor a cores dedicado.
Somente aquando do seu lançamento, a Commodore se apercebeu de que o Amiga era uma máquina criativa e não virada para ser utilizado em escritórios obscuros com amontoados de papel.
Entretanto, um modulador de TV externo (o A520, com uma fraca inspiração em termos de design), que possibilitava a sua ligação a um televisor caseiro, foi anunciado após o lançamento. No entanto, o seu preço elevado estava a mostrar-se de difícil introdução em casa dos clientes.




Amiga 500


Esse obstáculo apenas foi ultrapassado ao fim de um ano de comercialização do recém-chegado Amiga 500, um computador com um design mais atraente e ideal para ter em casa, quando se iniciou a inclusão do modulador de TV A520 no interior da embalagem como parte de uma bundle box tornando, assim, menos dispendiosa a sua aquisição.



Amiga 2000

Com o Amiga original a ser renomeado e comercializado como A1000 (Julho de 1985) e com o sucesso de vendas que foi, em 1987, o A500 (que no fundo era uma versão mais acessível do A1000) surgiu também, nesse mesmo ano, o A2000




Amiga 3000
No entanto, o desenvolvimento de um novo chipset e AmigaOS visualmente mais apelativo estagnou durante anos até à chegada, em 1990, do A3000. A concorrência aproveitou este fato conseguindo aproximar-se e, inclusive, ultrapassar a Commodore. Esta teve que acelerar o desenvolvimento do chip ECS e do novo AmigaOS 2, o que levou cerca de um ano. Assim, teoricamente, o A3000 poderia ter sido lançado em 1988, ou seja, dois anos antes do seu real lançamento, assim como os futuros membros da família Amiga, o A4000 e o A1200. Este interregno de dois anos à sombra do sucesso do A500 foi o primeiro grande buraco num extraordinário navio que, a partir desta data, deu início ao seu rápido afundamento.

Em 1990 a Commodore demonstrou, uma vez mais, a sua falta de visão. O CDTV (Commodore Dynamic Total Vision) foi colocado no mercado, mas impedido pela própria marca de ser apelidado de Amiga. Inclusive, a Commodore ordenou aos revendedores que não o colocassem à venda na secção de computadores das suas lojas. 
Commodore CDTV
O CDTV era basicamente um Amiga 500 numa carcaça de um leitor de CD. A simples adição de um leitor de disquetes e um teclado teria permitido aos utilizadores desfrutar de grande parte da colecção de software já existente do A500. Mas a Commodore não cedeu.
Durante um ano, o seu preço elevado e a tentativa de afastamento do produto da família Amiga (passou, eventualmente, a chamar-se Amiga CDTV) foi um erro do qual o aparelho e a marca nunca conseguiram recuperar.

Quando o Amiga 500+ chegou aos revendedores, meses antes do previsto devido ao enorme e inesperado sucesso de vendas do pack "A500 Cartoon Classics", resultou numa (má) surpresa para todos.
Amiga 500 Plus
O Amiga 500+ foi, sem aviso por parte da Commodore, incluído em bundles e colocado à venda, o que causou embaraços às lojas e desespero aos clientes, pois grande parte do software já lançado era incompatível com o novo chipset ECS oriundo do Amiga 3000 e com o sistema operativo AmigaOS 2.04.

Foi um Natal bastante infeliz para muitos, e precisamente o oposto para outros, pois foram, sem saber, agraciados com uma máquina atualizada com novos chipset e OS.


Amiga 300 mais tarde renomeado para Amiga 600
Estávamos em 1991 quando se desenvolvia aquele que iria ser o maior erro da Commodore: o Amiga 300, referenciado pela própria marca como um "completo e absoluto fiasco".
Foi inicialmente pensado como substituto para o Commodore 64, que a companhia estava desesperada por retirar após 10 anos no mercado apesar do enorme sucesso que as vendas continuavam a demonstrar principalmente na Europa.
O plano era vender o A300 com um preço ligeiramente superior ao C64, mas pelo menos €120 mais barato do que o A500/A500+. Foi, no entanto, o primeiro a incluir um interface IDE para disco rígido e, para manter o preço baixo, foi eliminado o teclado numérico.
O Amiga 300 tinha o seu lançamento programado para a Primavera de 1992 e iria refrescar a linha de computadores de 16 bits preparando-se para a chegada do Amiga 1200, com um mais avançado chipset AGA, que chegaria no Outono desse mesmo ano.
Amiga 4000

A estratégia da Commodore UK para a Europa era entrar na época natalícia com uma boa quantidade de máquinas A1200 a €450 e A300 a €250. Bundles foram planeados e organizados com o jogo Lemmings e o programa Deluxe Paint III numa recém-convertida fábrica Timex na Escócia adquirida pela Commodore.
Quando as máquinas estavam prestes a entrar em produção, a Commodore International puxou o tapete forçando uma viragem brusca de 180º. O fabrico do A500+ estava a tornar-se dispendioso sendo, assim, cancelada a sua produção.
O A300 foi reposicionado como substituto do A500+ e, para obtenção de lucro rápido, foi etiquetado ao mesmo preço deste, ou seja, €350. Por forma a que fosse visto pelo público como o sucessor do A500, foi simplesmente renomeado para Amiga 600 (as primeiras motherboards ainda possuem A300 impresso nelas).



Sem surpresas a máquina não vendeu bem, e, para escoar o enorme stock de A600, o arranque do fabrico do A1200 foi adiado. Em resultado, as unidades de A1200 disponíveis no Natal de 1992 esgotaram rapidamente deixando muitos clientes furiosos e desapontados.
Amiga 1200

Amiga CD32
A Commodore teve, em 1993, a oportunidade de emergir e singrar no mundo das consolas com a Amiga CD32, mas, uma vez mais, desperdiçou a oportunidade.
Dois anos antes do surgimento da PlayStation, a CD32 tinha mais de metade do emergente mercado CD-ROM europeu, aniquilando, no Natal desse ano, não só o PC CD-ROM como também o Philips CD-i e a Sega Mega-CD.
Devido aos problemas financeiros, a Commodore não estava a investir em desenvolvimento de software e a consola não conseguia destacar-se da restante família Amiga, pois as suas extraordinárias capacidades não estavam a ser exploradas.
As primeiras unidades vinham, também, com um problema irritante na tampa do leitor de CD que puxava o disco para cima impedindo-o de girar. Apenas colocando algo pesado em cima se poderia contornar essa situação. Uma falha gravíssima. Talvez fizesse mais sentido que a CD32 possuísse uma gaveta para CD como aquela utilizada, três anos antes, no fracassado CDTV.



David Pleasance e Colin Proudfoot
Após todos estes erros estratégicos, o inevitável acabou por tomar conta da Commodore Internationl. Entrou em falência em abril de 1994. A venda em leilão da companhia ficou concluída em março de 1995 com alguns interessados. EsCom surgiu numa posição em que poderia tomar as rédeas da empresa, mas a sua intenção futura era simplesmente usar o logótipo Commodore em PCs. No outro canto do ring estavam os gestores da Commodore UK - David Pleasance e Colin Proudfootque possuíam os fundos necessários e um plano estratégico bem delineado relocalizando a sede da empresa para Maidenhead - Reino Unido - assim como alterando o próprio nome da companhia. As tecnologias em desenvolvimento seriam retomadas o que incluiria um A1200 atualizado com um leitor de CD-ROM integrado (por diversas vezes batizado de A1300) e uma renovada CD32 com gaveta para CDs. O plano previa também um Amiga CD64 que suportaria HDTV, em 1996/7.



Amiga 4000T
No entanto, o leilão foi vencido pela EsCom que ficou com tudo, mas que acabou, também ela, na falência um ano mais tarde.
Antes, a EsCom ainda reintroduziu o A1200 e o A4000 no mercado, mas infelizmente devido às crescentes dificuldades económicas de que a empresa estava a ser alvo, apenas no início e 1996 conseguiu comercializar o A4000. Este era em tudo idêntico ao modelo A4000T (torre) que a Commodore havia desenvolvido pouco antes de ser vendida em leilão. Contudo, devido ao difícil momento financeiro que a EsCom atravessava, o modelo nunca foi anunciado em campanhas publicitárias, estimando-se que apenas tenha vendido cerca de 2000 unidades em todo o mundo.

Erros custam caro e a Commodore, com a sua família Amiga, pagou bastante por todos eles.
Poderíamos, hoje, estar perante uma realidade completamente diferente no panorama dos computadores pessoais.

Amiga era um nome bastante sonante no final dos anos 80, início de 90. Os salões de jogos eletrónicos da época foram os maiores impulsionadores do sucesso do Amiga 500 devido às extraordinárias conversões de grandes clássicos das arcadas feitas para essa máquina. Todas as crianças e jovens queriam ter um Amiga, apesar do seu preço ser impeditivo para grande parte das famílias.

Atualmente possui legiões de fãs por todo o mundo e os produtos da família Amiga são enormemente cobiçados por colecionadores.

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